Quarta-Feira, 11 de Janeiro de 2012

Quarta-Feira, 11 de Janeiro de 2012

FUTEBOL. Vice-presidente Jorge Guerreiro admite que um novo piso no Campo 1º de Maio podia aumentar o número de jovens a praticar futebol.

Em época de sonhos e ilusão, os dirigentes do Rosairense sabem bem que prenda gostariam de ter visto no "sapatinho" do clube este Natal: um piso de relva sintética sob o terreno pelado do Campo 1º de Maio. "Ter um relvado sintético é o nosso sonho primordial", revela ao "CA" Jorge Guerreiro, vice-presidente do emblema da pequena freguesia do Rosário (Almodôvar).

Com uma equipa de futebol a disputar o campeonato distrital da 1ª divisão há três anos, o jovem dirigente reconhece que o terreno pelado do campo tem sido um "handicap" para as ambições do Rosairense, que mesmo assim conquistou na última temporada a Taça do Distrito de Beja e a Supertaça distrital. Êxitos que não impediram a direcção do clube de investir na ampliação do Campo 1º de Maio – iniciada em Setembro e já terminada – e continuar a "suspirar" pela colocação de um relvado sintético.

"O futuro terá de passar por aí", afiança Jorge Guerreiro, embora ciente de que esse passo não depende exclusivamente do clube e da vontade dos seus dirigentes. "Estamos a falar de valores de que não dispomos e sem os devidos apoios da parte da autarquia de Almodôvar será difícil conseguir" concretizar esse objectivo, explica, garantindo que o presidente da Câmara, António Sebastião, "está bastante sensibilizado para a situação".

Apesar de consciente de que o sonho do Rosairense não deverá ser concretizado a curto-prazo devido ao complicado momento financeiro do país, Jorge Guerreiro não tem dúvidas de que este seria um investimento que traria rendimentos a todos os níveis. "Certamente conseguiríamos angariar mais jovens para o seio do nosso clube", perspectiva.

Contactado pelo "CA", o presidente da Câmara de Almodôvar garante estar "atento" às pretensões do Rosairense, mas prefere colocar alguma "água na fervura".

"Não quer dizer que no futuro isso não possa acontecer. Mas o Rosairense ainda tem de provar que tem sustentabilidade para continuar. Porque agora tem uma direcção fantástica, com muitos jovens. E quando eles se cansarem? Haverá condições de renovação? Aquilo estará suficientemente sustentado no Rosário para continuar ou quando eles se saturarem como é que é? Essa questão é importante", vinca António Sebastião.

  

Criatividade garante receitas

Fundada em 1992, a Associação Juventude Desportiva Rosairense teve em 2011 um ano memorável no plano desportivo, juntando as duas taças conquistadas a um currículo onde já constava o título distrital da 2ª divisão alcançado em 2008-2009. Ainda assim, o crescimento tem sido sustentado e não fez o clube entrar em loucuras ou começar a gastar mais do que podia, apesar de alguns jogadores que compõem o plantel desde há quatro anos serem provenientes do Algarve.

"Temos tido muita criatividade. E essa criatividade resulta em eventos que realizamos constantemente, de forma a podermos arranjar meios financeiros para suportar e custear todas as despesas", adianta o vice-presidente. Contudo, continua Jorge Guerreiro, "é claro que trabalhamos como a maioria dos clubes, ou seja, no limite".

"Tentamos esticar a corda e fazer com que o dinheiro dê para custear todas as despesas. E de uma forma geral não temos passivo", acrescenta, sublinhando o facto de tanto a Câmara de Almodôvar como a Junta de Freguesia do Rosário nunca "terem virado as costas" ao clube.

  

JORGE GUERREIRO

Vice-presidente do Rosairense

"Temos tido muita criatividade, de forma a podermos arranjar meios financeiros para suportar e custear todas as despesas."

 

Fonte: https://www.correioalentejo.com

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